Você provavelmente está por dentro das constantes discussões sobre a corda bamba em que se encontra nosso planeta. É cada vez mais comum ouvirmos por aí que “o meio ambiente precisa de ajuda” . Foi assim que, em 2006, pesquisadores criaram a expressão “neutralidade de carbono”, traçando grandes metas para diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera.
Hoje o setor de transporte, que está em constante desenvolvimento, é responsável por aproximadamente um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE).
Nesse contexto, o crescimento acelerado do mercado de mobilidade elétrica é de grande importância para nos ajudar a buscar o equilíbrio entre as emissões e a absorção de carbono por sistemas naturais, fazendo com que o saldo na atmosfera seja, literalmente, neutro.
O que é e como funciona a neutralidade de carbono?
A neutralidade de carbono, também conhecida como emissões líquidas zero ou descarbonização, surgiu em 2006, com o objetivo de alcançar um equilíbrio entre as emissões de gases de efeito estufa produzidas e as retiradas da atmosfera.
Isso significa que todas as emissões de GEE, como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), geradas pelas atividades humanas, como transporte, produção de energia e agricultura, são reduzidas a zero ou compensadas por meio da retirada de CO2 da atmosfera.
Isso pode acontecer por meio de reflorestamento ou tecnologias de captura e armazenamento de carbono, uso de energias renováveis e utilização de carros eletrificados.
Como tudo que rodeia as discussões sobre o efeito estufa, a neutralidade de carbono é vista como uma das medidas mais importantes para combater as mudanças climáticas. Pois poderá limitar o aquecimento global abaixo de 1,5 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais.
Vários países, empresas e organizações têm estabelecido metas para alcançar a neutralidade de carbono até 2050 ou antes, em linha com os objetivos estabelecidos pelo Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.
Dessa forma, a estabilidade entre as emissões e remoções de gases de efeito estufa é crucial. Mesmo que uma atividade continue a emitir esses gases, é possível alcançar um equilíbrio neutro por meio de projetos de remoção que eliminam o mesmo volume da atmosfera.
A atuação da mobilidade elétrica na busca pela neutralidade de carbono
Sendo seu principal diferencial, a mobilidade elétrica chega como uma solução para um futuro mais verde. Ao contrário dos veículos movidos a combustíveis fósseis, os veículos elétricos não emitem dióxido de carbono (CO2) e outros GEE diretamente na atmosfera.
É por isso que, nos dias de hoje, a eletrificação dos veículos surge como uma das soluções mais aclamadas para alcançar a neutralidade de carbono. Isso porque permite uma redução significativa das emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas ao transporte.
Além disso, a mobilidade elétrica pode ser impulsionada por fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica, o que torna o transporte elétrico ainda mais limpo e sustentável. A geração de energia elétrica renovável é fundamental para garantir que a mobilidade elétrica contribua para a neutralidade de carbono.
Vale lembrar que, a transição para a eletrificação também incentiva a inovação e a pesquisa em tecnologias mais avançadas, como baterias de maior capacidade e sistemas de recarga mais eficientes. Isso pode ajudar a aprimorar ainda mais a eficiência energética e reduzir as emissões de GEE em toda a cadeia de valor da mobilidade elétrica.
Por fim, a mobilidade elétrica também pode trazer benefícios para a qualidade do ar e a saúde pública, reduzindo a poluição do ar e os efeitos negativos associados à emissão de gases tóxicos pelos veículos movidos a combustíveis fósseis.
Outras vantagens dos veículos eletrificados
Além de não emitir poluentes, os veículos eletrificados podem apresentar outras vantagens no setor. Como por exemplo:
- Baixo custo operacional: Mesmo apresentando uma tecnologia relativamente nova, os veículos elétricos apresentam uma manutenção mais econômica, permitindo que os usuários economizem até 30% em gastos financeiros.
- Eficiência energética: Enquanto os modelos de motor a combustão aproveitam apenas de 30% a 40% da eficiência energética disponível, os veículos elétricos utilizam, aproximadamente, 90%.
- Custo por quilômetro rodado: De maneira geral, a eletricidade é mais barata que a gasolina, o diesel e o etanol. Além disso, algumas cidades já desfrutam de carregadores públicos para carros elétricos.
- Silencioso: Por não queimarem combustíveis nem possuírem sistema de escape, os motores elétricos operam em silêncio, proporcionando uma experiência de conforto acústico e bem-estar a bordo do veículo.
- Menos cobrança de impostos: Alguns estados brasileiros já contam com incentivos fiscais para impulsionar a venda de veículos elétricos e híbridos. Veja o mapa abaixo:
O que esperar para o futuro?
Empresas e indústrias de todo o mundo já se preocupam com a necessidade de ajudar com a neutralização da emissão de gases poluentes.
A Ferrari, por exemplo, possui planos para que 60% dos seus carros sejam elétricos até 2026. Em entrevistas, a montadora se mostrou comprometida a alcançar uma neutralidade de carbono total até 2030, contribuindo com as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.
Dessa forma, podemos esperar um aumento no número de veículos elétricos nas ruas. Fator que será impulsionado por uma combinação de incentivos governamentais, queda nos preços dos veículos elétricos e maior conscientização ambiental dos consumidores.
No setor de transporte público, é provável que haja uma transição para a eletrificação em massa de ônibus, trens e outros veículos de transporte público, reduzindo a poluição do ar em áreas urbanas. Além disso, novas tecnologias, como veículos autônomos, podem tornar a mobilidade elétrica ainda mais conveniente e eficiente.
Justamente por isso surgiu a YellotMob. Precisamos começar a investir na expansão da infraestrutura e tecnologia para carros elétricos. Com mais estações de carregamento em locais públicos e privados, a carga será mais conveniente e acessível.
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